O dólar fechou estável, cotado a R$ 5,2414, nesta sexta-feira (11), após recuperar as perdas no final do dia, em meio à deterioração dos mercados financeiros internacionais por temores de uma invasão iminente da Rússia sobre território ucraniano.

Na semana, no entanto, a moeda registrou sua quinta baixa consecutiva, com um recuo de 1,49%. Além disso, acumula queda de 1,21% no mês e de 5,98% no ano.

Cenário

Na agenda do dia, o Banco Central divulgou mais cedo a Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), de dezembro e do ano de 2021, que indicou uma expansão de 4,5% na economia brasileira no ano passado.

A queda do dólar frente ao real nas últimas semanas ocorre em meio às expectativas de novas altas na taxa básica de juros no Brasil, o que favorece o fluxo de capital estrangeiro para o país.

O Banco Central indicou na ata da última reunião do Copom que o próximo aumento da taxa básica de juros, em meados do mês de março, será menor. Na interpretação de diversos analistas, porém, o BC indicou um ritmo mais lento de elevação da taxa Selic, mas sem uma pausa iminente.

Quanto mais fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.

Na quarta-feira, dados do Banco Central mostraram que entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro (último dado disponível) o Brasil recebeu em termos líquidos US$ 8,181 bilhões em moeda estrangeira, com ingressos massivos pela conta financeira — por onde passam fluxos para portfólio, entre outros — de U$S 7,773 bilhões. No acumulado do ano, já são US$ 5,725 bilhões em dinheiro novo no país, destaca a Reuters.

Fonte: Reuters