A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), declarou nesta quarta-feira (13) que o manifesto crítico ao ajuste fiscal tem como alvo a pressão do mercado, e não a equipe econômica do governo Lula (PT). A fala de Hoffmann veio após o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP), próximo a Lula, criticar o partido pela assinatura do documento.

“Para deixar claro: o manifesto dos movimentos sociais, ao qual o PT aderiu, é uma resposta às pressões indevidas do mercado e da mídia sobre o governo Lula, tentando impor cortes em políticas e programas sociais. Não é e nunca foi direcionado contra a equipe econômica ou seus ministros”, escreveu Gleisi em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

Hoffmann reforçou que o texto critica a pressão por juros altos e a especulação cambial, apontando que tais práticas prejudicam o avanço econômico do país, que agora vê crescimento do PIB, aumento de empregos, salários e investimentos. “O PT sempre estará ao lado do presidente Lula em suas decisões“, completou.

Na segunda-feira (11), Emídio de Souza havia publicado uma nota contrária ao posicionamento do partido, destacando que o governo opera com “limites estreitos” e um Congresso hostil, fatores que exigem responsabilidade. Segundo ele, “o PT não pode ignorar os limites do orçamento público e as normas constitucionais e infraconstitucionais que orientam as finanças do governo”.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), articula uma série de medidas para controlar o aumento das despesas federais, medida que desagrada a setores da esquerda historicamente contrários à austeridade fiscal.

O manifesto, assinado pelo PT e outras forças de esquerda, afirma que “cortar recursos de quem precisa do Estado e de investimentos públicos só levará o país de volta a um passado de exclusão e injustiça, o que movimentos sociais e o povo brasileiro lutam para superar”.

 

Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

 

 


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