O senador Humberto Costa (PT-PE) utilizou a tribuna do Senado nesta terça-feira (13) para defender os programas de transferência de renda e combater o preconceito dirigido aos seus beneficiários. Com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o parlamentar destacou que, em fevereiro de 2024, 60%, das novas vagas formais de trabalho foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), sendo 171 mil, por beneficiários do Bolsa Família.

“É uma escandalosa mentira afirmar que essas pessoas não querem trabalhar. Quem recebe o Bolsa Família quer, sim, mudar de vida. E os dados estão aí para provar o contrário”, declarou o senador, repudiando o preconceito contra a população mais vulnerável.

Humberto também ressaltou a relevância da chamada “regra de proteção”, que permite ao beneficiário manter parte do benefício por até dois anos após conseguir emprego com carteira assinada. Segundo ele, essa política oferece estabilidade a quem está saindo da pobreza e busca autonomia.

Citando pesquisas da Fundação Getúlio Vargas e dados da Pnad Contínua, o senador informou que, em 2024, a renda do trabalho entre os mais pobres aumentou 10,7%, o que contribuiu para uma das maiores reduções de desigualdade social dos últimos anos.

Ele também recordou que, entre 2022 e 2023, mais de 24 milhões de brasileiros deixaram a condição de fome e quase 15 milhões superaram a insegurança alimentar. Programas como o Brasil Sem Fome, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Fomento Rural e o Cozinha Solidária foram apontados como fundamentais no enfrentamento à pobreza e no fortalecimento da agricultura familiar.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado


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