Por Geraldo Elísio (Repórter)

Na última madrugada morreu um homem. E já foi sepultado. Os mais afoitos poderão dizer que em todas as madrugadas isto acontece. E estarão dizendo a verdade. Porém os contestadores de plantão não sabem que em vida ele frequentou milhares de páginas de jornais, tabloides, revistas, espaços televisivos, radiofônicos e a internet.

O nome dele é Nilton Monteiro. Contudo todos se esqueceram de que entre os muitos ex-vivos ele um dia também viveu. E querendo ou não, gostando ou não ligou o seu nome à História do Brasil, provocando alterações profundas. Certo ou errado? Não escrevo para julgar ninguém, principalmente em tais circunstâncias.

Mas como negar que foi ele quem primeiro denunciou o que se definiu por chamar de Mensalão e a coorte de acontecimentos que provocaram bruscas mudanças na História brasileira, do momento em que fez isto pela primeira vez até os dias de hoje. Por ironia do destino, logo quando o ex-governador Aécio Neves e sua irmã, a ex-presidiária Andrea Neves e outros companheiros têm solicitado os seus pedidos de prisão e sequestros de bens.

Nilton Monteiro, em vida, teve as suas denúncias reconhecidas apenas por um homem, um delegado de polícia que se chamou Rodrigo Bossi, falecido alguns anos antes dele. Mas aí também o caso se insere fora da área de todos os mortais, consequentemente negando autoridade a qualquer vivente para omitir opiniões e, principalmente, autoridade para julgamentos.

Quando os dois falecidos estavam vivos foi o tempo de aprofundamento das questões envolvendo-os. Agora o destino transferiu de esfera o encargo de apreciar a presença deles e de outros mais no plano terrestre. Um julgamento realmente justo, quaisquer que sejam os resultados e sem filigranas de apelações das cortes judiciais humanas.

O que podemos fazer agora? Nada além de rezar a Deus para confortar a todos a quem ele amou e lhe reserve em outros planos a Justiça com a qual todas as criaturas estarão em frente a Ele julgadas sem perspectivas de erros ad eternum.

Nilton Antônio Monteiro, nasceu em Lajinha, Minas Gerais, em 12 de março de 1957, filho de Nilton Pinto Monteiro e Esmeralda Henrique Monteiro. Deixa a esposa Andrea Viana Monteiro, a filha Sarah Everlyn Bonini Viana Monteiro e o neto Isaac.

A todas as pessoas citadas nesta matéria automaticamente é garantido o direito da resposta no espaço tamanho e corpo.


1 Comentário

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    Hélio, fevereiro 27, 2022 09:54 @ 09:54

    Jornalista de boa performa se que merece credibilidade, dando vós aos que estão do lado da realidade, dos fatos. Nasce o contraponto do jornalismo. Vida longa.

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