A greve dos servidores da segurança pública continua por tempo indeterminado em Minas Gerais. A categoria opera dentro da chamada “estrita legalidade”, o que significa que, desde o dia 21 de fevereiro, policiais civis, penais e militares e bombeiros militares não usam equipamentos pessoais para trabalhar e se recusam a sair se há problemas no equipamento de segurança ou nas viaturas. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho, além de reajuste salarial.

Em entrevista, o vice-presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e Bombeiros Militares (Aspra), Marco Antônio Bahia, contou que a categoria manterá o movimento até a lei de reajuste salarial entrar em vigor. “Nós temos que comemorar essa vitória com certa cautela”, disse.

Nesta terça-feira (12), os deputados da Assembleia Legislativa de Minas derrubaram os vetos do governador Romeu Zema a artigos da lei que prevê o adicional de 14% do aumento salarial para as forças de segurança e a saúde, e de 33,24% para a educação, além dos 10,06% propostos pelo Governo.

Mesmo assim, Bahia afirmou que as tropas vão continuar atuando na estrita legalidade. “O governo já avisou que vai judicializar (a decisão da ALMG que resulta na promulgação da lei com os artigos com maiores índices de reajuste). A gente espera que a Justiça reconheça que os 14% a mais é equivalente ao que o Governo está nos devendo do acordo firmado em 201”, disse o vice-presidente da Aspra.

Para os servidores da segurança pública os deputados também aprovaram o pagamento de auxílio social, em três parcelas anuais, cada qual correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe, a serem quitadas nos meses de maio, agosto e novembro, para ativos e inativos.

Além disso, foi aprovada alteração na lei que estende o auxílio fardamento a outras categorias da segurança pública. A mudança é no sentido de incluir, entre os destinatários do benefício, ocupantes, na área da Defesa Social, dos cargos de médico, auxiliar executivo, assistente executivo e analista executivo.