Belo Horizonte é uma das oito capitais brasileiras com maior tendência de crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a longo prazo. As informações constam de atualizações do boletim InfoGripe, divulgadas nesta sexta-feira (24) pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
Além de BH, completam a lista de tendência de crescimento muito alta (acima de 95%) as seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Rio Branco, João Pessoa, Natal e Fortaleza.
O aumento de doenças respiratórias está diretamente ligado aos casos de Covid-19. Conforme estudo da própria Fiocruz, divulgado na última terça-feira (21), a infecção causada pelo coronavírus respondeu por 71,2% das ocorrências de SRAG no Brasil nas últimas quatro semanas.
Esse aumento também se reflete em Minas. Apenas nos 22 primeiros dias de junho, o Estado havia registrado mais do que o dobro de casos de Covid contabilizados em todo o mês de maio.
Conforme o pneumologista Marcelo Chagas, do hospital Semper, na região hospitalar de BH, a sazonalidade das doenças respiratórias é um dos motivos que explica a tendência de alta dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
“Nossas barreiras de defesa, como os cílios presentes na via respiratória e as células de barreira, ficam mais lentas. Isso faz com que haja uma abertura maior para que agentes invasores atuem no nosso corpo”, explicou o especialista.
Segundo o pneumologista, para evitar resfriados, gripes e Covid-19, deve-se ficar atento às formas de prevenção. “É importante, se possível, lavar o nariz com soro fisiológico e, claro, evitar contato com pessoas que estejam doentes, além do uso da máscara, principalmente em ambientes fechados, pouco ou mal ventilados”, explicou Marcelo Chagas.
Manter atualizado o quadro vacinal contra Covid e gripe Influenza também é essencial.