O Supremo Tribunal Federal espera para este ano manifestações no feriado de 7 de setembro mais radicais e mais violentas do que as do ano passado, em razão da proximidade das eleições presidenciais. Por ordem do presidente da Corte, ministro Luiz Fux, o staff de segurança já começou a se preparar.

As equipes estão trabalhando no planejamento de um esquema especial de proteção dos prédios que integram o complexo do tribunal, na Praça dos Três Poderes.

A tarefa é feita em parceria com a divisão de segurança do Tribunal Superior Eleitoral, que, assim como o STF, pode virar alvo de manifestantes e também deverá ser isolado.

As equipes trabalham em coordenação com as forças de segurança pública, em especial a Polícia Militar do Distrito Federal.

Para Fux, é preciso evitar que se repitam situações como as do ano passado, quando caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro romperam os bloqueios montados pela polícia e avançaram para a Esplanada dos Ministérios – eles conseguiram se aproximar do edifício-sede do STF.

A interlocutores, o presidente do tribunal tem mostrado preocupação com os protestos deste ano. Para ele, a tendência é que os atos sejam ainda mais inflamados que os de 2021.

Para além da proteção dos prédios públicos, especialmente da sede do Supremo, Fux diz que os órgãos de segurança precisam se planejar bem para evitar que ocorram conflitos entre grupos antagônicos – ele se refere, obviamente a militantes pró-Bolsonaro e pró-Lula.

Em conversa recente, o ministro afirmou que, caso haja violência, será preciso baixar um decreto de GLO, sigla para Garantia da Lei e da Ordem, medida excepcional que permite às Forças Armadas atuarem na contenção de distúrbios.

A depender da situação, diz Fux, a medida pode ser decretada pelo próprio STF.