O primeiro produto brasileiro reconhecido pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade , é de Minas Gerais . Os tradicionais “Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal” foram reconhecidos, dia 4 de dezembro, marcando pelos mineiros e brasileiros um dia histórico.
A declaração foi realizada durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Assunção, capital do Paraguai.
O Queijo Minas Artesanal é um título inédito, no Brasil, para a cultura alimentar.
O secretário de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais , Leônidas Oliveira , um dos principais responsáveis à frente da iniciativa, quando ficou sabendo da decisão da UNESCO< dicou muito emocionado e até chorou conforme suas declarações. “A declaração do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade , pela Unesco, vai além de um reconhecimento gastronômico. É um marco histórico que une pertencimento, valoriza a cultura mineira e impulsiona o turismo sustentável no estado.”
Para o secretário Leônidas Oliveira, o queijo, com seus sabores únicos e modos de fazer transmitidos de geração em geração, representa um símbolo profundo da mineiridade. “O título fortalece a identidade mineira e promove um sentimento de orgulho coletivo nas comunidades produtoras, que se tornam legítimas guardiãs de um patrimônio global. Mais do que um alimento, o queijo reflete a relação dos mineiros com o território, a tradição e os valores comunitários”, explicou Leônidas.
O título, conforme o texto oficial da candidatura, valoriza não apenas o produto, mas toda uma cadeia de tradições, histórias e modos de vida que definem o estado, ressaltando que a produção artesanal do queijo é parte fundamental da diversidade cultural brasileira. Minas Gerais comemorou 304 anos, no dia 2 de dezembro , o grande presente para os mineiros foi o reconhecimento internacional , que enaltece saberes e práticas que integram o cotidiano rural e urbano, colocando Minas Gerais como referência global em sustentabilidade e criatividade. O título, conforme o texto oficial da candidatura, valoriza não apenas o produto, mas toda uma cadeia de tradições, histórias e modos de vida que definem o estado, ressaltando que a produção artesanal do queijo é parte fundamental da diversidade cultural brasileira.
Os impactos no turismo mineiros são igualmente significativos, pois as rotas do queijo, em 10 regiões produtoras, ganham nova projeção, atraindo visitantes do Brasil e do mundo.
Para o secretário “a declaração promove o turismo de experiência, integrando visitas às queijarias, degustações, festivais gastronômicos e o contato direto com a natureza e o patrimônio cultural mineiro. Tudo isso consolida Minas como destino sustentável, criativo e autêntico, gerando desenvolvimento econômico e promovendo a permanência prolongada dos visitantes.”
Todos os produtores do queijo artesanal comemoraram a decisão da UNESCO, pois o trabalho deles é diário, manual, usando os conhecimentos de famílias , passando de família a família. Todos estão entusiasmados, , como o presidente da (Amiqueijo), José Ricardo Ozólio, residente na cidade do Serro, “O modo de fazer o queijo minas artesanal está entranhado na nossa cultura, na nossa história. É uma atividade familiar que atravessa os séculos, tem mais de 200 anos, passa de geração a geração. Por isso, o produto reúne características muito próprias, algo único, só tem mesmo em Minas Gerais”.
A Associação Mineira do Queijo Artesanal tem (total de 7 mil produtores , em15 entidades pelo interior de Minas Gerais.
Desde 2002, as técnicas para fazer o queijo foram reconhecidas, como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais e, em 2008, o produto se tornou Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Foi formada uma equipe especial para realizar os trabalhos do dossiê entregue a UNESCO, em diversos documentos para obter o reconhecimento para os “Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal”, entre eles, o governo estadual , através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) e Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Segundo o secretário Leônidas Oliveira, as atividades integraram um esforço coordenado para valorizar o Queijo Minas Artesanal e sua importância como símbolo da mineiridade, além de consolidar a relevância global dos territórios mineiros e suas tradições.
No dia 4 de dezembro, nos Palácio da Liberdade foi local de diversas atividades para comemorar a data, com músicas de Marcos Viana, apresentações de drones com temas variados como as montanhas , trem, e queijos, iluminando a noite da capital mineira.
As comemorações de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade continuam pelo interior, levando atividades para 10 cidades pertencentes às 10 regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal com o governo estadual , através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, espetáculos de drones, entre os dias 6 a 14 de dezembro, valorizando o trabalho dos queijeiros que fazem do dia a dia do trabalho artesanal do queijo.
Ó, Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais.
Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
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