Na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, o Brasil foi o segundo país a submeter a terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), comprometendo-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035. O plano, já divulgado no país, foi oficialmente entregue ao secretário-executivo de clima da ONU, Simon Stiell.
O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o avanço do Brasil no combate às mudanças climáticas, deixando para trás um período de ceticismo climático: “O Brasil agora assume um papel de liderança e compromisso firme”, afirmou. O documento também reafirma a meta de neutralidade de carbono até 2050, traçando um caminho de baixo carbono para a economia e ecossistemas do país.
O plano detalha políticas públicas, incluindo o Plano de Transformação Ecológica, que estruturam os setores econômicos para alcançar as metas de redução de emissões. As metas setoriais, atualmente em desenvolvimento, integrarão a Estratégia Nacional de Mitigação e devem definir reduções absolutas para todos os gases de efeito estufa até 2025.
Simon Stiell ressaltou a importância da iniciativa brasileira nas redes sociais: “A ação climática está crescendo, uma rota para a segurança e prosperidade de todas as nações.” Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, explicou que o prazo de uma década e o cenário econômico mundial justificaram uma meta flexível, que visa reduzir as emissões de CO₂ de mais de 2 bilhões para 850 milhões de toneladas, respaldada pelo Plano Clima e seis eixos estratégicos.
Os Emirados Árabes Unidos, que lideraram a COP28, foram o primeiro país a entregar a NDC, conforme acordado no pacto Troika, formado pelos três países-sede das COPs 28, 29 e 30 — Emirados, Azerbaijão e Brasil — para garantir o cumprimento da meta global de limitar o aquecimento a 1,5 °C.
Foto : Cadu Gomes/VPR