No oitavo dia de guerra, negociadores de Rússia e Ucrânia se encontraram nesta quinta-feira (3), pela segunda vez, para discutir condições e termos dos dois países no conflito, mas o encontro terminou sem os “resultados que a Ucrânia precisa”, afirmou um membro da comitiva ucraniana.

Também nesta quinta, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que os soldados continuarão avançando na Ucrânia e que seus alvos estão sendo atingidos. Putin também declarou que os militares russos não estão impedindo a saída de civis, rebatendo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“A segunda rodada de negociações terminou. Infelizmente, os resultados que a Ucrânia precisa ainda não foram alcançados. Há uma solução apenas para a organização de corredores humanitários”, disse o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak em um tweet.

Na negociação entre os países, que ocorreu em Belarus, houve avanço na viabilidade de corredores humanitários e de um cessar-fogo em torno deles, segundo o principal negociador russo, Vladimir Medinsky, descrevendo-o como “progresso substancial”.

Anteriormente, a delegação ucraniana também havia divulgado que um cessar-fogo imediato e um armistício estavam entre os principais pontos levados para o encontro.

A primeira conversa entre as delegações após o início dos ataques ocorreu na segunda-feira (28) e teve duração de cinco horas, mas terminou sem um avanço. Na terça-feira (1º), Zelensky disse que a Rússia deveria parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que um acordo ocorresse.

Os ataques continuaram nesta quinta-feira (3), assim como a proximidade das tropas russas da capital.

Segundo o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, os russos estão “parados” para um reagrupamento antes de uma possível invasão da capital, ou enfrentando desafios como falta de suprimentos ou resistência de civis.

Os russos assumiram o controle de Kherson, uma cidade estrategicamente importante em uma enseada do Mar Negro com uma população de quase 300 mil habitantes. O prefeito de Kherson, Ihor Kolykhaiev, declarou na quarta-feira (2) que os militares da Ucrânia não estão mais na localidade e que seus habitantes devem agora cumprir as instruções de “pessoas armadas que vieram para a administração da cidade.”